A AGAL e o reintegracionismo merecem umha história. Ora, qualquer observador superficial pode entrever um alargamento do movimento social que vive a nossa língua como sendo mundial, superando o esquema pouco interessante das quatro províncias. Cada vez é mais difícil reduzir-nos a estereótipos, seja ao formato académico ou ao soberanista. Para isto têm contribuído muitas entidades sociais e muitas pessoas individuais cuja açom tem tornando o nosso movimento mais rico, mais profundo e mais imprevisível.
Umha das grandes apostas do atual conselho da AGAL foi no capital humano profissional. A nossa estratégia tem sido combinar o capital humano profissional em áreas chave como a própria direçom, com a voluntário, presente em todas as secçons. Nom por acaso, a Agal deve ser umha das associaçons mais ricas em envolvimento dos seus associados e associadas.
Para crescermos, a Agal e o reintegracionismo todo, precisamos de mais recursos, quer financeiros, quer humanos. Precisamos de pessoas que tenham em foco o avanço da estratégia luso-brasileira. Para abordar esta necessidade, na AGAL, estamos a elaborar umha Campanha de Filiaçom que sairá à luz em começos de 2012, dirigida a pessoas que seguem os nossos passos e aderem à nossa estratégia mas ninguém as convidou, ainda, a fazer parte do nosso projeto.
O resultado desta campanha será investido em capital humano profissional para poder fazer MAIS e nas melhores condiçons porque o futuro está aqui. Quanto ao presente, está a mostrar que a estratégia autonomista, a que se está a implementar a partir das instituiçons, tem um alcance limitado senom recorre a ferramentas, discursos e óticas da estratégia lusófona. Felizmente, há cada vez mais pessoas nas equipas de NL a tomar consciência disto e a Agal pode ser, já está a ser, um bom centro de recursos.
O mais atrativo que nos depara o futuro é a emergência do Brasil, portanto da sua/nossa língua. O Mundial de futebol, as Olimpíadas e a escalada em PIB do gigante brasileiro vam tornar a língua da Galiza umha vantagem competitiva como antes nunca tinha acontecido. Em ambientes onde era vista como umha incomodidade, começará, já está a o fazer, a ser percebida como umha fortaleza e umha oportunidade.
A questom é se somos capazes de aproveitar essa maré ou se deixamos que passe ao lado. Creio que nom seria exagerado dizer que o futuro da nossa língua e o desenho do nosso mapa linguístico a médio prazo vai-se jogar nos próximos anos. Ligar o Brasil ao galego, ao português da Galiza, será o grande desafio a curto prazo do reintegracionismo e das entidades que promovem a nossa língua, seja da estratégia que for. Em todas as dinâmicas sociais, políticas e económicas que se vam criar, a Galiza e a sua língua, devem ter um lugar de destaque.
No Conselho da AGAL estamos a desenhar campanhas e recursos para tornar evidente, Ops!, o que está oculto. O nosso alvo tem de ser o cidadao comum e as elites que tomam decisons. O atual Conselho tem demonstrado que quando a atitude é a certa, os muros passam a ser portas que se abrem sem grandes dificuldades. O reintegracionismo, em si, tem demonstrado que se, em lugar de lamentos, debates intermináveis e exaltaçons do ego, apostamos por FAZER, a nossa vida é mais rica e a saúde social da nossa língua é melhor.
A nossa língua é Mundial.